STF BARRA PRISÃO APÓS CONDENAÇÃO EM 2ª INSTÂNCIA
Conselho Nacional de
Justiça diz que decisão atinge 4.895 detentos em todos os estados
Decisão
beneficia o ex-presidente Lula e milhares de outros presos
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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na
sessão desta quinta-feira (7/11), suspender a possibilidade da execução da
prisão após condenação em segunda instância de Justiça. Com isso, a Corte
revisou o entendimento que vinha mantendo desde 2016. O efeito da decisão é
imediato, e assim que a ata do julgamento for publicada, advogados poderão
solicitar a liberação de seus clientes que estão presos em decorrência de
sentença tomada em segundo grau.
Entre os beneficiados, está o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda tem recursos pendentes nos tribunais
superiores e pode ser colocado em liberdade nas próximas horas. A defesa de
Lula ainda não se manifestou sobre o caso. Além dele, milhares de outros presos
devem ser soltos para aguardar julgamento. De acordo com o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), a decisão atinge 4.895 detentos em todos os estados.
Votaram a favor da prisão após
condenação em segunda instância os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin,
Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Votaram contra a prisão
antecipada o relator, Marco Aurélio, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar
Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli.
A sessão desta quinta-feira (7/11)
analisou as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC) 43, 44 e 54, nas
quais se discute a possibilidade de início do cumprimento da pena antes de
serem esgotadas todas as possibilidades de recurso (trânsito em julgado). Elas
foram ajuizadas pelo Partido Ecológico Nacional (PEN, atual Patriota), pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Partido
Comunista do Brasil (PCdoB).
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